Por: Ed
Welch
Publicado
em: 29 de outubro de 2013
“regozijai-vos na
esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverante”. Rm 12.12
Atualmente a Igreja está falando mais sobre o sofrimento,
e isso é bom. Falamos sobre o sofrimento. Falamos sobre isso com os outros, e
os pregadores são também muito conscientes sobre isso, embora as congregações
possam parecer felizes superficialmente, existem dificuldades na maioria das
pessoas. Sofrem em continuar ouvindo a suprema estupidez de amigos e conhecidos
– talvez isso seja passageiro – assim, não podemos negar que a Igreja é mais
acolhedora para pessoas que sofrem.
Isso, no entanto, não parece ser algo equilibrado. Quando
levamos a sério o sofrimento, quando evitamos chavões e tudo o que poderia ser
percebido para minimizar as dificuldades, e quando percebemos a negação da dor,
temos aí um grande perigo que poderá a vir desvalorizar a alegria. O uso da
palavra ferido ou quebrado sugere isso. São palavras úteis, mas elas geralmente
podem indicar uma condição permanente que sempre vai ser dominada pelo
sofrimento. Nós raramente incentivamos o ferido ou o quebrado apontando-os para
a alegria.
Por que não incentivar quem sofre apontando para a
alegria? Talvez porque pensamos que o sofrimento e a alegria seja um processo
de duas etapas, como o que podemos ver no Salmo 126.5-6 – saímos chorando e
voltamos com gritos de alegria, isso é o padrão. Esse ponto de vista vê a
alegria e o sofrimento como fundamentalmente incompatíveis e incapazes de serem
vividos simultaneamente. Mas isso é verdade. A Escritura indica que a vida no
Espírito terá tanto o sofrimento mais difícil como a maior alegria serem
experimentados ao mesmo tempo. O apóstolo Paulo ilustrou isso como uma das muitas
implicações do evangelho: “Mui grande é a
minha franqueza para convosco, e muito me glorio por vossa causa; sinto-me
grandemente confortado e transbordante de júbilo em toda a nossa tribulação.” (2
Coríntios 7.4).
Isso significa que, mesmo quando estamos sofrendo, podemos
ir em busca da alegria com a expectativa que de fato iremos encontrar e assim
nos surpreendermos. Pense sobre o fim da guerra e os inimigos derrotados (1 Cr
16.33, Sl 27.6), água no deserto (Is 35.6), como o Senhor tem prazer no bem-estar dos Seus servos (Sl
35.27), como o Senhor consola o Seu povo (Is 49.13), como o Pai, o Filho e o
Espírito Santo levam alegria um ao outro e, por meio de Jesus, somos também
levados em alegria (João 15.11). Pense como o perdão dos pecados garantiu para
nós todas as promessas de Deus, que estão resumidas em Sua presença incessante
conosco. Essa presença, e a glória futura de vê-lo face-a-face, na qual somos levados plenamente em Seu amor,
é fazer parte do centro da nossa alegria.
Mas nessa busca, ainda temos um problema. O tratamento
predominante hoje para aliviar a dor é a medicação. Tomamos um comprimido e
esperamos que ele seja eficaz. Nós damos ao tratamento pouco tempo para mostrar
o que vale a pena, antes de seguir para uma nova receita. A alegria não segue
esse padrão. Ela não vem rapidamente. Na verdade, se formos esperar resultados
rápidos, não estamos realmente buscando a genuína alegria, e ela nunca virá.
A alegria vem do Espírito e por meio dos vários meios de
graça que Deus nos deu. E Deus se agradou em dar esse fruto para aqueles que O buscam.
A genuína alegria vem quando a nossa esperança e amor descansam em Jesus acima
de tudo.
“... a quem, não
havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com
alegria indizível e cheia de glória...” (1
Pedro 1.8)
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